A presente atividade tem por objetivo analisar e discutir os principais problemas, os quais podem determinar a transformação do trabalho em uma fonte de estresse e frustração. Muitos problemas têm sido encontrados nas organizações atualmente. Em geral, eles provêm de frustrações e de desmotivação pessoal ou profissional. Com a evolução de estudos científicos, na psicologia comportamental, foi possível identificar as causas de estresse, de depressão, insatisfação, dentre outros problemas de saúde em conseqüência do ambiente de trabalho. |
Problemas causadores de estresse e frustração no trabalho A qualidade de vida tem sido um dos aspectos mais discutidos quando se trata de comportamento, psicologia, motivação e produção. No entanto, muitas empresas ainda se recusam a aceitar esta metodologia de gerenciamento de pessoas, onde a integração, o trabalho em equipe e a preocupação com o bem-estar dos colaboradores é primordial, pois esses fatores somados elevam a qualidade dos produtos ou serviços, a produção, a satisfação dos indivíduos que fazem parte daquela organização. São inúmeros fatores que podem levar um indivíduo à doenças comportamentais, mas um dos principais fatores que podem levar um colaborador à depressão ou a frustrações é a submissão, a sobrecarga de trabalho, o assédio moral, onde seus anseios por reconhecimento ou por desenvolvimento profissional, sua criatividade e idéias, soluções, são reprimidos. O ser humano, tem seus próprio anseios, alguns deles, é ser reconhecido, fazer parte de um grupo, se sentir realizado como pessoa e como profissional. Quando não atinge suas expectativas, suas idéias são refutadas, ou quando não há o reconhecimento de seus méritos, aparece a frustração e a depressão. Isso ocorre, geralmente, em empresas de estrutura vertical, onde há burocracia desnecessária, e a falta de interação com os demais setores. A insegurança no trabalho também é um fator desgastante emocionalmente. Apesar de, em alguns casos, ser considerado motivador de competitividade, em muitos casos, o colaborado se vê diante de pressões e ameaças constantes. Esses desgastes emocionais o direcionam para uma situação de estresse, que pode acarretar em depressão ou até em sentimentos violentos, como raiva e fúria. Essa insalubridade provocada por medidas de pressão psicológica gera sobrecarga, tensão, desvalorização e sentimento de incompetência. Esse tipo de estresse pode gerar sérios problemas psíquicos. Um acompanhamento psiquiátrico, juntamente com uma gestão menos ríspida e mais atenciosa pode sanar o problema. As empresas buscam cada vez mais a competitividade, conseqüência da Globalização, a Liberalização (com a economia cada vez mais livre da intervenção do Estado) e a Excelência (estar sempre a frente de seus concorrentes, com inovações e níveis de qualidade de processos, produtos e serviços acima dos demais). ”O modelo capitalista organiza o sistema de produção de maneira a restringir a iniciativa do trabalhador, no que se refere ao seu processo de trabalho, organização e em algumas situações o próprio ambiente de trabalho”. Leny Satto (1994, p. 169) Irá propor o conceito de penosidade relacionado a falta de controle no processo de trabalho levando o trabalhador ao sofrimento, não sendo permitido questionar as alterações feitas no processo de trabalho. Para que o trabalhador tenha um controle sobre suas condições de saúde é necessário que suas necessidades básicas sejam atendidas. Tanto no trabalho, quanto em função do que este mesmo trabalho pode oferecer a sua vida privada. Assim, o trabalho deve proporcionar uma alimentação saudável, moradia adequada, meios de transportes, saúde e educação eficientes, direitos básicos à condição humana. “A saúde do trabalhador fica comprometida, quando este começa a exercer um papel de multifuncionalidade dentro da empresa gerando a fadiga e o desgaste profissional. Estes sintomas alienam o trabalhador do processo produtivo a ponto de gerar danos psicológicos”. Para Sivieri (1994; p.82) O ambiente físico, igualmente, compromete a qualidade do exercício da função de uma pessoa. Mobília, iluminação, ventilação, distribuição de espaços, materiais e maquinário utilizados, limpeza, todos são fatores percebidos cognitivamente. Um ambiente escuro, fechado, com falta de material apropriado, mobília precária e sujeira, por exemplo, são fatores que estimulam a depressão e fazem com que caia a qualidade do serviço executado. |
Modernas políticas de gestão de pessoas A política moderna de gestão de pessoas de vê ser ampla, fazendo com que todos os departamentos se interliguem e interajam-se, trocando experiências e buscando, juntos, soluções necessárias, visando a criação, a inovação e a sinergia entre todos os setores em detrimento da evolução dos colaboradores e da organização. Isso acontece com mais freqüência em organizações de estrutura horizontal, cujos integrantes são importantes e isso os motiva e em conseqüência melhora seu desempenho profissional e da organização. Os colaboradores devem ser vistos como parceiros da organização e isso precisa ser disseminado entre os gestores, quebrando o paradigma de que as pessoas são agentes passivos no processo produtivo da organização. Ao entender o poder das pessoas como agentes ativos do processo organizacional, os gestores passam a vê-las como parceiras dotadas de inteligência e criatividade, que podem levar as organizações a alcançar patamares jamais imagináveis sem a participação e o comprometimento das mesmas. O desenvolvimento do planejamento de recursos humanos em consonância com o planejamento estratégico da empresa; a ênfase na cultura participante e democrática, leva a atentar para fatores relacionados à qualidade de vida dentro e fora das organizações; a utilização de mecanismos de motivação e realização pessoal; a adequação das práticas e políticas de recursos humanos às diferenças individuais. A completa reestruturação e adoção de novas estratégias de gestão que visam cativar o cliente interno e externo; a preocupação com a criação de valor para o negócio através do emergente sistêmico; a preocupação em preparar-se para o futuro e a utilização do benchmarking como estratégia de melhoria contínua, tanto dos processos, quanto dos serviços e produtos, gera o que se pode chamar de visão estratégica do negócio, estas são as empresas visionárias, ou melhor, estas são as organizações que oportunizam a maximização o lucro e a geração de ganhos mútuos promovendo o que é a priori a grande missão de toda e qualquer organização a satisfação dos envolvidos no processo e a geração de alternativas para o crescimento. Uma empresa organizada, bem definida, que possui clareza em seus objetivos impulsiona a motivação de seus integrantes, pois, não há conflito ou contradição naquilo que apregoa e pratica, como por exemplo, se dizer responsável ambiental e lançar, no meio ambiente, dejetos nocivos à natureza. |
Conclusão Portanto, a saúde física e mental associada à qualidade de vida profissional e pessoal, são indispensáveis ao se tratar da administração de recursos humanos. Sem incentivo ao desenvolvimento não há possibilidade de realização, de alcance de valores e vontades. O trabalho deve ser associado ao prazer, e não, meramente uma obrigação. Deve-se identificar a função com o indivíduo, buscar o desenvolvimento de novas habilidades, ter objetivos a ser perseguidos e conquistados. Mas, para que isso acontecer, precisa haver uma pré-disposição do colaborador para adequar-se e se sentir à vontade e motivado para exercer sua função e contribuir para o seu crescimento da organização. |
Referências bibliográficas Sivieri (1994; p.82) Leny Sato ( 1994; p.169) DECENZO, David A. & ROBBINS, Stephen P. – Administração de Recursos Humanos – 6ª. Ed. Rio de Janeiro, LTC, 2001. GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas – Enfoque nos Papeis Profissionais. São Paulo: Atlas, 2001. MARRAS, Jeam Pierre. Administração de Recursos Humanos, do Operacional ao Estratégico, 3º.Ed. São Paulo: Futura, 2000. MILCOVICK. George T & BOUDREAU. John W. Administração de Recursos Humanos, São Paulo: Atlas, 2000. Apostila FGV – Adm. RH – módulo 1 MAGNÓLIA, Ana. Uma proposta para pesquisa e gestão da qualidade de vida no trabalho. Disponível em: http://www.pol.org.br/publicacoes/materia.cfm?Id=18&Materia=45. MAGNÓLIA, Ana. Trabalho, estresse e depressão. Disponível em: http://www.pol.org.br/publicacoes/materia.cfm?Id=17&Materia=44. FELIPPE, Maria Inês. Mudança nos valores do trabalho e a motivação. |
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Recursos Humanos
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